Invisíveis
Há os que passam pela vida em segredo
Caminham entre folhas secas e gravetos,
Em passadas cirúrgicas a evitar ruídos
Receiam a própria voz
Quando necessário: sussurram
Quem dera fossem invisíveis...
Poupariam a si mesmo o esforço
De sequer ocuparem espaço
Olhos furtivos, receosos,
Mirando o chão, aguardam...
Parecem estar a espera do derradeiro fim
Quando livrariam da mordaça
A maldita alma que teima em gritar
Ou que a ternura de um abraço
Venha enfim lhes socorrer
(À senhorinha desconhecida sentada na ponta do banco, que me comoveu...)
Salve Ju !!!, para olhar além da porteira é preciso ter olhos, poucos tem o seu olhar. Porteira, prá gente lá dos lados dos caipiras, tem um simbolismo muito grande. Parabéns pelo olhar e pelas escritas. Grande beijo.
ResponderExcluirZé!!
ExcluirQue bom te ter por aqui...
Seja sempre muito bem vindo nessa casa de voar... É nossa!
Porteiras sempre abertas pra você.
Beijo grande
Na ausência dos nossos bares né?, ficamos a conversar vai e volta pelos ares, bem alem das porteiras. De bar temos o Bar do Frango que continua segurando a barra. Ah! e também continuamos com o ser tão paulistano. Continua no ar.
ExcluirGrande beijo
Sinto falta Zé... Mas é bom saber que damos jeito de nos encontrar, seja pelos bares, seja pelos ares... ;o) . Passei no Ser tão paulistano - achei que já seguisse. Agora tô "garrada" lá...
ExcluirBeijo grande
Juliana, na invisibilidade, às vezes, a gente se vê melhor. Que o olhar alheio deixa de nos impor o que não somos.
ResponderExcluirBeijos :)
Gostei da senhorinha. Por que será que senta tão na ponta se o banco é bem grande e está vazio? Eu gosto de sentar no meio. Por que será também posso me perguntar rs
Lelena,
ResponderExcluirAquele banco imenso e vazio, e ela ali, espremedinha na ponta... quase se desculpando por usar aquele pedacinho de lugar... Me comoveu. Encheu minha cabeça de perguntas.
E no final das contas, pode ser que aquele seja todo o espaço de que ela precise...
Beijos
Ju, essa imagem é comovente... e tuas palavras a descrevem tão bem...
ResponderExcluirbeijos
Sabe que fiquei um bom tempo só olhando antes de fotografar?... Me vieram esses e outros tantos pensamentos e sentimentos...
ExcluirAlgumas fotografias deixam a dúvida se o crédito deve ser dado àquele que fotografou ou ao objeto fotografado...
Ótima semana pra você Andréa
Beijos
Ju, é pura arte e emoção...linda!!! :-)
ResponderExcluirEmoção é te ver por aqui, comigo, Toni...
ExcluirBeijo grande
tão profunda a sua (e a minha) solidão.
ResponderExcluirUma porção de solidão cercada de gente querida por todos os lados....
ExcluirTeu poema nos comove... Lindo.
ResponderExcluirObrigada Nydia...
ExcluirSeja sempre muito bem-vinda...
A casa é nossa...
Bjs
Lindo poema, me tocou muito, pois sinto que a cada dia fico mais invisível, mais perto dia final, em que desaparecerei para sempre.
ResponderExcluirTerráqueo,
ExcluirO olhar do outro passa primeiro pelo nosso...
Ninguém é invisível se não se vê dessa forma, creio eu... a cada passo deixamos nossas
pegadas, nossas marcas.
Obrigado por deixar as suas por aqui - seja bem-vindo...