Tinha aprendido que era muito importante criar desobjectos.
certa tarde, envolto em tristezas, quis recusar o cinzento.
Não munido de nenhum artefacto alegre,
inventei um espanador de tristezas.
era de difícil manejo – mas funcionava.
Ondjaki
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O que se houve além da porteira
Relento
Quem nasceu como eu
Com os pés no regato
E cresceu flor do mato
Em beira de estrada
Olhando a passagem
De quem vai em viagem
Pra qualquer lugar
Quem nasceu como eu
Com os olhos postos numa estrela
Querendo entender
O além, o instante
O amigo do lado
Querendo entender
Quem nasceu assim como eu
Não vive essa vida, mas outra
Surgida de sonhos, de versos ouvidos
De histórias criadas, contadas
Ao pé da fogueira acendida
Num centro de alma vazia
Não vive essa vida, mas outra
Surgida de sonhos, de versos ouvidos
De histórias criadas, contadas
Ao pé da fogueira acendida
Num centro de alma vazia
Quem nasceu como eu
Quando perde um amor, um irmão, um amigo
É levado do peito o abrigo
É voltar a viver ao relento
Exposto à sombra e ao vento
Que sopra de noite e de dia
E apaga a fogueira que ardia
Quando perde um amor, um irmão, um amigo
É levado do peito o abrigo
É voltar a viver ao relento
Exposto à sombra e ao vento
Que sopra de noite e de dia
E apaga a fogueira que ardia
(Simone Guimarães/ Cristina Saraiva
- na voz de Renato Braz
Me tornando uma fã desse seu cantinho, que ainda não conhecia. Vou adentrando, devagar e tocando, com os pés da alma, com muito gosto, cada pedacinho desse chão.
ResponderExcluirParabéns, querida.
Um abraço aqui do Cariri cearense,
Tânia Peixoto.
Tânia,
ExcluirQue bom ler suas palavras tão carinhosas... Fico muito feliz que faça desse chão também o seu chão. Voemos juntas!... Bom ter você por aqui - gente forte e hospitaleira do Cariri!
Apareça sempre!
Beijo grande
Oi Jú, seu cantinho está "gostoso demais"!!!!! Sinto paz qdo entro aqui.
ResponderExcluirEi Anônimo... que bom que esse cantinho te traz paz, ele é nosso....
Excluiradoraria saber quem é você, mas fico feliz que me visite sempre!
Beijo!
OI Ju, parabéns pelo Blog, ta mesmo muito gostoso de visitar. Estarei sempre conferindo novidades!! Geande beijo!!!
ResponderExcluirEi Cacá!
ExcluirQue alegria receber sua visita aqui... Venha sempre, a casa é nossa e você que é amigo mais que querido tem passagem livre nessa porteira...
Beijo grande!
Adoro o Ondjaki. Tenho alguns livros dele. São como "materiais para a confecção de um espanador de tristezas" literalmente :)
ResponderExcluirbeijoss
Também gosto muito Lelena... foi uma aquisição recente e me apaixonei.
ExcluirAmor à primeira vista.
Quase como foi pra mim descobrir Manoel de Barros.
Aliás... acho que Ondjaki e Manoel de Barros tem um "trem"...
Beijo
Que maravilha criar desobjetos!!!
ResponderExcluirJu, a foto é demais...um presente para o texto!
Bjão!!!
Não é Dani??
ExcluirObrigada pelo carinho... ei... tô com saudades...
Bem que podia aparecer um congresso pra você vir pros lados de cá... ;o)
Beijo!
dupla escolha irresistível, mas onkjaki e seus desobjetos... demais! quanto de nós se liberta quando deixa cair o lastro das coisas?...
ResponderExcluirhaverá maior deus linguístico do que o prefixo de negação?...
beijinho!
diubs,
ResponderExcluirto precisando de um pra mim.
que leve pra longe, pra bem longe, esse dente-de-leão, essa semente de dor.
tristeza é a castanha do caju.
vem junto, no nascimento.
beijão,
r.